Jejum e Desintoxicação

JEJUM E DESINTOXICAÇÃO
Aconteceu nos dias 19 à 23 de julho 2010, em Três de Maio na Instituição Educacional SETREM o Retiro de Jejum - Desintoxicação. O mesmo foi ministrado pela Sra Marlene Gaede. A OASE Sinodal como sempre se preocupa com a saúde da mulher
Jejuar é o meio de cura mais antigo, mais natural e mais eficiente que existe. Jejuar significa limpar-se. Em tempos remotos, testemunha a bíblia, se jejuava muito, pois jejuar não só devolve a saúde física, mas conjugado com a oração e meditação traz fortalecimento espiritual. A prática do jejum é tão antiga quanto a história da vida na terra. Ela está presente no instinto do animal, como o cão que interrompe a alimentação normal, come grama, para provocar vômito, cava um buraco na terra em lugar confortável e pouco iluminado, onde seu corpo repousa por um período de jejum do qual só se levanta para beber água.
Para quem vive numa mentalidade consumista de conforto e prazeres alimentares de toda as espécies e sem critérios, a palavra jejum pode soar estranha e até parecer contrária à natureza. Na cultura ocidental, parar de ingerir significa começar a morrer. Se levarmos em conta o ritmo de vida que, via de regra, temos nos imposto, realmente parece que o jejum é impossível. Trata-se de uma atividade que exige renúncia, um despir-se de conceitos e preconceitos.
Não é o estômago que tem fome, ou a garganta que tem sede, nem o cérebro ou o coração que estão tristes. É o ser humano como um todo que apresenta sintomas nestes pontos. A cura fundamental para todas as doenças é a reconstituição celular do corpo. Para isso precisamos em primeiro lugar, inibir a prisão de ventre, e nesse processo, o jejum é o principal elemento desencadeador.
A debilidade, fraqueza de alguém já doente, é erradamente atribuída à falta de alimentos. Procura-se então combatê-la com superalimentação, como carnes, ovos, caldos concentrados, queijos... o doente é obrigado a comer o tempo inteiro. Dentro da nutrição natural, a explicação é simples: a debilidade é depressão de energia vital, por desnutrição e intoxicação. Chega-se a este estado, não por falta de alimento, mas por seu mal aproveito. Este vem por putrefações intestinais que produzem substâncias desvitalizadas que por sua vez levam à desidratação orgânica no intestino. Entrando em rápida decomposição pela putrefação, materiais tóxicos passam para o sangue, e deprimem a vitalidade da célula, e o organismo como um todo.
Como as putrefações elevam a temperatura intestinal, as carnes, os ovos, os leites, chegam como a lenha chega ao fogo, e preparam novos transtornos. Neste círculo vicioso, o doente consome sua vida. Durante e após o jejum, onde ocorre uma desintoxicação, é muito importante uma orientação de como agir para o processo ter seu efeito completo e eficaz. Esse trabalho de orientação para jejum e desintoxicação, teve seu início dentro da igreja (IECLB), mais especificamente no Sínodo Uruguai, na época, Distrito Uruguai, no ano de 1990. A experiência foi levada para outros lugares e hoje acontece em vários sínodos. Por vezes organizadas pelos obreiros, e outas por grupos de leigos. Participe.
                              Marlene Zizemer Gaede – Teutônia - RS